Subi uma calça pelas pernas, o All-Star sujo nos pés e fui para a
rua sem um puto. É, o Fer tem razão. Eu já quase não morava naquele
apartamento. E não que não fosse rata de calçada antes, acostumada a entrar e já
logo sair, mas nunca com a frequência com que andava acontecendo nos últimos
tempos. Bati a porta de raiva. De mim mesma ou do Fer – que diferença faz. De um jeito ou de outro, era sempre eu que
acabava plantada na sarjeta, fumando cigarro atrás de cigarro, sem saber onde
meter a minha confusão. Enquanto a Mia e o Fer seguiam suas vidas normalmente.
Olhei rapidamente para o celular, como num reflexo involuntário, e
revirei os olhos com desgosto. Ela não
vai te escrever, sua idiota. Coloquei aquela droga de novo no bolso,
frustrada. E tornei a tragar o meu cigarro. Argh.
Eu odiava essa dependência doentia. Era a única coisa que eu simplesmente não
conseguia suportar nos meus apaixonamentos – esse atrelamento estúpido da minha
porra de existência a uma mulher.
No caso, à Mia.
...à Mia e às memórias daquela quinta à noite. Rodando, de novo e
de novo, na minha cabeça. O bar, as ruas do Itaim, o carro na volta, o
elevador, o quarto, nossas roupas no chão, ela embaixo de mim, as suas pernas,
o seu gosto, as suas mãos, eu embaixo dela, do lado, entrelaçadas, os lençóis
bagunçados de manhã, a tranca da porta, as risadas, as conversas preguiçosas, o
sorriso dela no café da manhã, o ônibus lotado, o beijo escondido e aquele
sentimento que não me largava, tudo. Cada droga de segundo do lado dela.
E agora a desgraçada não me escrevia, não falava nada há horas. Mais de 24 horas.
Desde que voltou para a sua realidade heterossexual de merda, para aquele
namoro. Inferno, Mia, por que você não
pega a porra do celular e me responde, caralho?
Sentia cada lembrança amargurar dentro de mim, conforme soltava a
fumaça pela boca. Argh. Aquilo estava acabando comigo. Eu precisava achar
um jeito de me distrair até o fim de semana acabar – o problema é que eu
notavelmente não sabia me distrair de outra forma que não envolvesse álcool ou sacanagem.
E naquele momento, eu não tinha um puto no bolso. Então, vejam bem, que
opção eu tinha?
É. Hora de
acordar, São Paulo.
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14 comentários:
o meu voto foi para a provável continuação do post.
mas mesmo assim gostei. :)
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!! ELA VOLTOOOOOOOOOOU!!!!!!!!!!!!! =DDD =D
F.M. IS BACK!! (6(KKKk
Noossa em certa parte ai me vi falando claramente..rs aii essa dependência doentia..
The bitch is back!!
tinha votado pra barraco mas, mel isso é mUITO MELHOR... aiiiiii
eu gosto muito mais dela assim
Is Devassa, bicht!!
huuhuhuhuhhh
Vou ter que pagar promessa pra Santa Shane McCutcheon das moças "viradas",......
Acorda São Paulo!!!
(Se vor assim, é hora de durmir, né Melzita??)
Ass:Bastardinha, he
Isso sim parece a #devassa. Tava precisando! Acho que nem eu to com paciência/boa vontade pra tanto mimimi. =x
Dááá-lhe!!
Vaaai lá acordar a mulherada, FM!! HSUAHSUASHAUSHAS
to me sentindo a propria devassa nesse instante. pensando em alguém com outra. isso é coisa que mata.
Uuuh, ela vai aprontar no melhor estilo devassa =P
Acionem o alarme contra corações partidos. Alerta de devassidão para os próximos posts.
Com ela precisando esquecer a Mia um pouco sabe-se lá que pode ser a próxima vítima.
hahahaha ;P
Não sei o que gosto mais.
O post, o comentario da Prih ou o da luh
faltou a Luh , acho uma #putafaltadesacanagem comentar antes dela.
Mas não me aguentei *-*
E,como diz, a amiguinha Anônima,pra felicidade da nação, "The bitch is back."
IPC ; fique a vontade pra vir acordar o Rio ;]
Pô... ela voltou a ativa? Não, essa estória não vai acabar nunca! :)
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