É. Era estranho beijá-la. Metidas no banco de trás do carro, ali, parado
no meio da rua às quase seis da manhã de um domingo. Sentia alguma coisa fora
de lugar na minha cabeça, como quando se tem a impressão de estar esquecendo
algo – as chaves ou a porra da consciência. Mas a beijava de novo, e de
novo, me forçando por cima do seu corpo, apertando as suas coxas e erguendo a
barra do vestido até a sua cintura, como se tivesse que continuar até terminar
o que aceitei fazer naquele carro.
A verdade é que eu já nem sabia o que estava acontecendo. Quando
se está tão bêbada quanto eu realmente estava, suas ações assumem um estado arriscado
de inércia. Disparam em linha reta. Pensar a respeito, uma vez que se começa a
fazer merda, e de fato mover-se no sentido contrário requer muito, muito mais
do que um mero “incômodo” lá no fundo da sua mente. Então eu continuava, ali,
como se machucasse a mim mesma. Em cada beijo que dava naquela boca que eu não
queria, naquele pescoço que eu não queria – definitivamente não a queria.
Cacete.
As pernas da Isa se apertavam contra o meu joelho, apoiado ali no
banco, enquanto eu subia em cima dela. Minha coxa se forçava contra ela e os
seus lábios se forçavam nos meus em resposta, mordendo a minha boca e me
puxando para si, com ambas as mãos atrás da minha nuca, enroscando os dedos no
meu cabelo. Podia sentir o ar se tornando abafado, úmido, conforme os minutos
se passavam, trancadas ali dentro. E antes que pudesse me dar conta, eu já estava
suando, me enroscando cada vez mais intensamente nela no banco de trás.
Todas as janelas estavam fechadas. E eu podia sentir a tequila
fervendo no meu cérebro, nas minhas veias, beijo atrás de beijo. Cada vez mais
molhados. Entrava e saía de mim, nuns lapsos de consciência, como se me
sufocassem a realidade. Com a minha... minha mão metida na... é, ali, entre
as pernas dela. Tirei os dedos da sua calcinha, sem pensar, e arranquei a minha
camiseta – passando o tecido de qualquer jeito no rosto para secar o suor. Então
joguei a camiseta no chão do carro e voltei para cima dela, sem nem ideia do
que estava fazendo.
Os vidros começavam a embaçar e a temperatura subia progressivamente.
As mãos da Isa deslizavam pelas minhas costas suadas e as minhas terminavam de
tirar a calcinha enrolada no meio das suas coxas. Os meus dedos entraram nela
mais uma vez e ela me pegou pelo pulso, como se me obrigasse mais para dentro.
Fechou os olhos lentamente, com a boca entreaberta – se contorcendo enquanto eu
a fodia. Puta merda, mano. Senti minha cabeça latejar, naquele calor
desesperador.
Ergui os olhos e vi o céu clarear pela janela. Caralho, eu vou... acabar... s-sendo pega...
aqui, fiz certo esforço para concluir o pensamento, tentando me manter
minimamente sóbria. Não conseguia. Sua mão me puxou o rosto de volta e a
beijei, nuns apagões violentos que me doíam a cabeça. O meu braço se movia
entre nossos corpos, quase automaticamente, a comendo sem qualquer vontade. Ela
parecia não perceber. A sua boca machucava o meu pescoço, me enchendo de marcas
roxas. E eu pensava na Mia –
mas continuava.
Numa estupidez contraditória, me movia em cima dela. Me torturando.
Merda. A Isa me puxava para si, com uma das pernas ao redor da minha
cintura, descendo as mãos pelas minhas costas e arranhando a minha pele
deliberadamente. Desavisados, os seus dedos encontraram caminho pela linha do
meu jeans. Até o meu zíper. Nem pensar.
A contive, na mesma hora. A Isa riu e me olhou, intrigada. E sem tirar os olhos
dos meus, num atrevimento que era para ser provocante, se soltou de mim. Aí
insinuou o corpo para frente, me beijando, e veio mais uma vez. Insistindo.
Parei de beijá-la, de novo. Inferno. E olhei para baixo,
para a sua mão sobre o zíper da minha calça – a centímetros de onde ela
realmente queria chegar. De jeito nenhum. A Isa sorriu, meio sem graça,
notando a minha expressão séria, e tirou as mãos de cima de mim. Desviou o
olhar por um instante, depois tornou a me encarar. E eu perdi, de repente, toda
a pouca vontade que ainda tinha de estar ali. Escorreguei minha mão para cima
de novo, para fora dela. E me inclinei para trás.
_E-eu fiz alguma coisa?
_Não.
Respondi, sem paciência, procurando a minha camiseta no chão do
carro.
_Não.
18 comentários:
Porra. Como assim FM?
O H M Y D E A R G O D. QQISO
E esse final que não consuma as paradas? Tinha que ser pecado ler esse tipo de coisa, uma horas dessas, e não ter ninguém ao lado para... É.
Vou dormir triste hoje. Ou não.
Porra, como assim FM [2]
Grande balde de agua fria! Uma pessoa aqui já ferver por conseguires puxar agente para dentro da cena e depois no fim uma banhada gelada?! Até doí! rssssss
E a vontade ?como é que faz? haha
Vou dormir triste hoje (2)
E a vontade ?como é que faz (2)
porra ...
Veste a roupa e vai para casa agora F.M, guria sem juizo û.û
FM brochou mesmo? hauhauhau
Mas de brinde ficaram os chupões. Agora só falta a Mia vir atrás p/ conversar sobre o Eu Te Amo da FM e de quebra ver os chupões. Aí ela diz: WTF! É assim que você diz me amar?
Hipóteses, hipóteses e hipóteses.
Mel, você é demais! =*
E a vontade?como é que faz?[3]
Forever Alone aqui :(
putz, que merda!
FM deu defeito...
Eu queria mais que essa loura conquistasse a FM e que a Mia se ferrasse. Peguei birra da Mia.
Tô dando um votinho de confiança ppra essa loura. Louras costumam dar sorte.
Mel. Demais, sou fã
Bjs
Ju T
Até eu broxei com a FM --'
Garota fresca.. Qnd uma loirinha bonitinha como essa parece ser, quer colocar as mãos dentro das nossas calças, não podemos dizer não. =P
fm broxou =((
Não quer comer, nem liga, agora ficar zoando a loirinha é foda,né, FM?!
*Desabafei. rsrs
Adoro a história!
FM bochou, eu ri kkkkkkkkkkk
Mó climão pow, nem creio, lamento (f)
FM broxou foi ótimo hahaha
OMG... a FM tah broxa
isso explica!
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