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janeiro 05, 2011

Muita, muita fome

Me arrependi na mesma hora. Por que diabos começo essas coisas? Um milésimo de segundo mal-intencionado logo se tornou insuportável. Parada ali, na frente dela, e de repente morrendo de vontade de... porra. Respirei fundo, a encarando. Cê não me deu um beijo sequer, garota, desde que chegamos. Quase podia sentir o seu gosto em mim.
 
Ah, bem que eu queria ser menos irresponsável... assim, no meio da cozinha da casa dela, né, caralho. Mas acontece que eu tenho um limite, um ponto a partir do qual eu não consigo mais voltar atrás – chamem de inconsequência, de hormônios, de falta de amor à vida, do que quiserem... não me interessa. Não com aquela garota, assim, na minha cara.

Chega uma hora que não dá. O fogo do rabo me sobe à cabeça e é impossível impor qualquer razão. Dois segundos de brincadeira, a olhando – foi tudo o que eu precisei. Dois segundos parada em pé na sua frente, ali, e eu estava disposta a pagar qualquer pena só para apertar a sua boca contra a minha. Entregue ao magnetismo filho-da-puta que a Mia detinha sobre mim, sentindo meu coração pular para fora do peito e vendo ela me olhar de volta, implorando para a gente se descomportar só um pouquinho.

Ah, que se foda, a puxei para mim, num impulso.
 
Colidimos num beijo de foder a cabeça. A empurrei contra a pia, colocando o meu peso inteiro contra seu corpo. A pressão ia esmagando o meu próprio braço contra a quina do balcão de madeira atrás dela, quase a ponto de me machucar. Que se dane, eu me movia mais ainda na direção da Mia. E ela subia em cima de mim, me agarrando. Garota, não faz isso, eu perdia o fôlego, sentindo-a oscilar o seu corpo contra o meu, num vai-e-vem, e cada “hmm” que ela soltava contra os meus lábios, a minha língua, respirando comigo, em meio àquela intensidade, ia me tirando do sério.
 
Desci minhas mãos até a parte de trás das suas coxas para colocá-la em cima daquela porra daquele balcão. A Mia me empurrava, rindo, e depois me puxava de volta, estragando a minha camiseta, sem tirar a boca da minha. Caralho.

_Mia... – sua mãe chamou de repente, de outro cômodo – ...você pode vir aqui?

Ignoramos. A gente precisa... seguimos nos beijando... responder... desgraçadamente... senão sua mãe... entrelacei os dedos no seu cabelo, a segurando... vai vir aqui... e mordi sua boca, lentamente... e vai dar merda... a Mia enfiou a mão na minha calça... caralho. Fechei os olhos e ela continuou, fingindo não ouvir a mãe na sala ao lado. Muita merda, porra.

_Mia! – a mãe insistiu, ao longe.
_Quê?! – gritou de volta, em meio segundo, me beijando imediatamente depois, com a mão apertada entre a minha boxer e o jeans.
_Você quer vir aqui, por favor?!

Contra os meus esforços, a Mia rodou o corpo junto com o meu, invertendo a nossa posição e ficando estrategicamente mais próxima da porta. Contudo, ainda me beijava. Era como se não conseguíssemos nos largar. Porra, mano, não vai, eu a segurava e segurava a sua mão nas minhas calças, é muita sacanagem, caralho. E a Mia apertava o seu quadril na minha direção, com a boca grudada na minha. Relutávamos, numa dança perigosa, que seja, naquela imprudência de sermos pegas a qualquer momento.

Prendeu a minha boca, o meu lábio, entre os seus dentes. E deslizou devagar, me chupando, até se afastar de mim, tirando a mão do meu jeans. Deu um passo para trás, como se fosse em direção à porta. Nem a pau. Subi minhas mãos até o seu rosto, a segurando, e a beijei novamente. Agora é que cê não vai mesmo. E ela me beijou com vontade de volta, mas logo se desvencilhou. Aí me deu um selinho, bem demorado. Então, mais um… aí outro... e saiu.

18 comentários:

francielli# disse...

uauuuuu q q issu ... joga um balde d água gelada rsrsrsrrs

Isa Gratão disse...

Nossa eu li essa aqui e quase faltei roer as unhas de medo agonia e sei lá mais o que... Gostei do final. Essa ficou realmente bom

- Tucca disse...

puuuuuuuuuutz, quando tava ficando bom... Que mãe empata foda hein, como todas as mães D:

Monica disse...

kkkkkkkkkkk

quiçu geente...

penseii q fosse rolar na coziinha... no melhor estilo brasileirinhas ...

kidding *-*

Clara disse...

aaa demais! essas cenas prendem completamente, a intensidade entre elas é incrível!

Amanda disse...

Que maldade com a gente. Pobres mortais que não temos uma Mia ou FM pra animar essa quarta, mas ok, né...
Fogo fogo fogo.

Anônimo disse...

C A R A L H O ♥___________♥

Anônimo disse...

CARALHO!Que post bom PUTA QUE PARIU !
Chega me subiu um calorão aqui :O

a_lips disse...

Não terminei de ler ainda..mais porra nada mais excitante do que perigo. uau

Anônimo disse...

Puta que pariu!Eu achei o melhor post que já foi feito!

R. disse...

Oho, isso foi perigoso, mas é como dizem por ai: tudo que é proibido é mais gostoso :p

Dê disse...

Wow... deixa eu recuperar o ar, ae depois comento! E essa riqueza de detalhes hein??!! Um dos melhores e mais inspirados posts, Mel... como a saudade maltrata né, Mia? Pessoa fica longe, ae qndo se vê dá nisso... nem água separa kkkkkkkk

Unknown disse...

Gente, que calor é esse?!

Rayssa disse...

#PorraMãedaMia u_u hauahuha
ain Hot, Go Devassa!!!

Ianca' disse...

cara, isso é que é um beijo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
porra, as mães tem uma capacidade de cortar clima, que não é de Deus não, mas faz parte, joga água, que isso é cão no cio mano *-*
;*

Anônimo disse...

Uau! *-*
...pelo puro prazer do risco..

Anônimo disse...

Beijos Assim são melhores do que ir a vias de fato nusssa morri tres vezes!!!

Marina disse...

ahhh se eu não amasse essas descrições *_*