Dei uns passos para trás, encostando num carro que estava na rua. Nuns
beijos que, cacete. Joguei o cigarro no chão e coloquei uma mão de cada
lado do seu rosto, segurando-a, com os pés espaçados na calçada e as minhas
costas apoiadas no vidro da porta. A Mia se encaixava no meio das minhas
pernas, abraçada contra o meu corpo. E aí perdemos a noção do tempo –
envolvidas demais, uma na outra, para sequer reparar se mais alguém passava
pela calçada.
Ficamos ali pelo que pareceu mais de uma hora. E a cada beijo, eu
sentia mais, e mais, o peso da Mia em mim – o seu quadril fazia pressão entre
as minhas pernas e as linhas do meu jeans já começavam a marcar a parte de
dentro das suas coxas. Caralho.
_Por que a gente não fez isso desde o começo? – a Mia comentou,
sem fôlego, me beijando logo em seguida.
_Não sei... – respondi, sincera – ...era só o que eu queria, puta merda.
A Mia riu. Já estávamos ali há tempo suficiente para o meu amigo
achar que eu tinha largado ele no rolê e ido embora sem avisar. Ela me olhou e
achou graça:
_Cê tava querendo isso desde que a gente chegou, né, pilantra?
_Querendo o quê? Você?! – segurei firme a sua cintura, numa honestidade bêbada, falando mais do que devia – Eu te quero o tempo todo, garota.
_“O tempo todo”? – ela repetiu, rindo.
_É, desde sempre.
Mal terminei de falar e a Mia me beijou de novo. Eu a virei contra
o carro, sem tirar a boca da sua, invertendo nossas posições e ficando na sua
frente. Coloquei uma das pernas entre as suas coxas, a agarrando pela cintura.
E cada vez mais apoiando o meu peso contra o seu corpo – nuns movimentos assim que,
puta que pariu. Ela me puxava na sua direção. Até que eu não conseguia
pensar em outra coisa a não ser comer ela ali mesmo. “Cacete”, deixei escapar,
baixinho, e a Mia sorriu. “Quê?”. “Vou enlouquecer assim, meu”, sussurrei de
volta. E ela me beijou, me puxando ainda mais contra ela, apoiada na lateral do
carro.
Podia sentir os seus dedos arranhando o meu antebraço. Desci
a mão pela sua bunda – aquela raba maravilhosa – e a apertei, a Mia
estava usando um vestido curtíssimo. Talvez o mais curto que já tinha visto na
vida. E toda vez que aquele maldito pano acabava, com a minha mão a meio
centímetro de onde as suas pernas começavam, a minha pressão subia. Na mesma
hora. E eu tinha que voltar a mão para sua cintura para não perder a cabeça. Em
público demais para eu arrancar aquela desgraça.
_Cê tá ficando abusada, hein? – a Mia sussurrou para mim, numa
dessas.
Ah, claro,
“eu” – pensei.
Como se nunca tivesse testemunhado você sentada no colo do Fernando, se agarrando
com ele no meio duma sarjeta lotada, em plena Augusta, com todo mundo olhando, achei graça, mas tá
bom, “eu”.
_Desculpa... – tirei as mãos de cima baixo dela, ofegante –
Tá difícil aqui.
_Tá? – a Mia se divertia e me beijava mais uma vez, me torturando.
_Nossa. Pra caralho... – confessei, baixinho.
_Hum...
_Mas... – dei uma olhada para as suas coxas, respirando fundo, sem confiar por um segundo no que estava prestes a prometer – ...e-eu vou me comportar.
_É?
_É.
_Hum... – a Mia murmurou no meu ouvido, subindo a mão por debaixo da minha camiseta – Mas e as minhas aulas?
Para, desgraça.
Aquela garota ia me matar. Olhei para ela e ela riu – “não faz
isso, Mia”. “O quê?”, ela me olhava de volta, com desaforo e um sorriso no
canto da boca.
_Ah, é? – falei, colocando as duas mãos atrás das suas pernas e a
pegando no colo – Quer brincar? Então vamos.
Dei dois passos para o lado e a coloquei sobre o capô do carro, praticamente
deitada em cima dela. A Mia segurou o meu rosto e me beijou na mesma hora, com
força. Desci a língua pelo seu pescoço e lambi mordi beijei a
curva para o seu ombro. Então ela me puxou pelo jeans, com metade da mão dobrado
para dentro da minha calça – por cima do botão da frente, é. Me
segurando ali entre as suas coxas. Puta merda. Subi a boca até a sua e
fui descendo as mãos pelas suas pernas até a barra daquele vestido nulo. Então
deslizei os dedos pela lateral da sua calcinha e comecei a tirá-la, meio de
qualquer jeito. Nuns beijos gostosos.
_Não... – ela segurou a minha mão, de repente, entre um beijo e
outro – ...aqui não.
_Hum... – eu ri, com a boca ainda na sua e a calcinha entre os meus dedos, subindo-a de volta pelas suas pernas – ...achei que você queria umas aulas.
_E-eu... – ela me puxou na sua direção, de novo – ...ainda quero.
_É? – falei baixinho – Então posso tirar?
A Mia parou de me beijar e me olhou indignada, achando graça.
_Você não vale nada... – riu – ...meu deus.
_Eu?! – argumentei, rindo também, com as mãos ainda nas suas coxas – Você que começou... Cê não tava falando aí que queria umas aulas... – deslizei os dedos para debaixo do seu vestido – Vou te dar umas aulas, então.
_Não! – ela riu.
_Ah, não disse?!
_Era brincadeira!
_Era? – me fiz de indignada, segurando o riso, e tirei as mãos dela – Vai ficar brincando com os meus sentimentos, então. É isso?
_E os seus sentimentos ficam na sua calça, por acaso?
_Vai à merda...
Eu ri e me virei, apoiando o corpo contra o carro, ainda em pé na
calçada. “Vem cá! Vem...”, a Mia sorriu e deslizou no capô, me abraçando por
trás, com uma perna de cada lado do meu quadril e os braços por cima dos meus
ombros.
_Eu não... – dei de ombros, fazendo graça.
Mas comecei a rir. Então ela me puxou para trás, me beijando sobre
o capô.
_Não sei... – respondi, sincera – ...era só o que eu queria, puta merda.
_Querendo o quê? Você?! – segurei firme a sua cintura, numa honestidade bêbada, falando mais do que devia – Eu te quero o tempo todo, garota.
_“O tempo todo”? – ela repetiu, rindo.
_É, desde sempre.
_Tá? – a Mia se divertia e me beijava mais uma vez, me torturando.
_Nossa. Pra caralho... – confessei, baixinho.
_Hum...
_Mas... – dei uma olhada para as suas coxas, respirando fundo, sem confiar por um segundo no que estava prestes a prometer – ...e-eu vou me comportar.
_É?
_É.
_Hum... – a Mia murmurou no meu ouvido, subindo a mão por debaixo da minha camiseta – Mas e as minhas aulas?
_Hum... – eu ri, com a boca ainda na sua e a calcinha entre os meus dedos, subindo-a de volta pelas suas pernas – ...achei que você queria umas aulas.
_E-eu... – ela me puxou na sua direção, de novo – ...ainda quero.
_É? – falei baixinho – Então posso tirar?
_Eu?! – argumentei, rindo também, com as mãos ainda nas suas coxas – Você que começou... Cê não tava falando aí que queria umas aulas... – deslizei os dedos para debaixo do seu vestido – Vou te dar umas aulas, então.
_Não! – ela riu.
_Ah, não disse?!
_Era brincadeira!
_Era? – me fiz de indignada, segurando o riso, e tirei as mãos dela – Vai ficar brincando com os meus sentimentos, então. É isso?
_E os seus sentimentos ficam na sua calça, por acaso?
_Vai à merda...
26 comentários:
Super conheço uma pessoa que dá essa crisezinha de "Vou embora, já que não me querem aqui".
Essa Mia brinca com fogo e não quer se queimar?? Ai ai ai, parece até uma que eu conheço. #tosempacienciapraisso
E os papeis se invertem? Essa longa noite ta demais ;D
ótimos dialogos, alias *-*
cara, teus textos tem uma dinamica incrivel!! e como ler kerouac e perder o folego num parágrafo quase sem pontuações!!
Ótimo, to sem respirar.
Aaaah eu gosto que a Mia se faz de difícil um pouco... GFM tem tudo na mão muito fácil, se bobear é por isso que ela gosta tanto.
"E seus sentimentos ficam na sua calça por um acaso?" Adoro hahah
A Tequila entorta a FM... eu lembro que eu li em algum lugar q ela tava toda preocupada com o lugar, o primeiro encontro, como seria, q seria diferente... Aí a nó cega bebe umas e já quer pegar a Mia no capô do carro?!?!? Por mais q a Mia tenha provocado, só a Tequila explica!:) Boa, Mel...
adoooro!
Uh la la! rs.
Esses posts estão ficando picantes rs.
Mulheres adoram esses joguinhos, querendo ou não é bem divertido.
O Blog é massa, você escreve muito bem!
Parabéns.
aiai,é o amor
asuhasuhas as duas tao dando uma de menininhas apaixonadas XD
adoooro isso =x gostei da ideia de carro, capo,rua deserta XD ...ameyy :x
continua
Ai, gente, cadê a agarração pesada? Quero a parte da sacanagem logo, hunf!
Huahuahuahua.. brincadeirinha, adorei o post, pra variar. =P
Capô diz ; venk sobe em mim (666'
Mia entra na cena e diz: Aham, capô senta lá.. - e capô sai de cena
ps. =E
Gracinha mesmo!
'Sentimentos' dentro de calças são bênçãos na vida! ahahah
OMG. Só quero ver no que isso vai dar. ;x
só sei que quando terminei esse post o meu rosto estava há 10 cm da tela. Mel, Mel... sensacional!
Ri altooo imaginando a cena!!!
Lindoo Mel!!
Adoro o blog, mas acho q a Srta está meio sem tempo de atualizar né...?
Achei os últimos diálogos meio frouxos.
De qqr maneira, imperdíveis
abraço
Haaa que graçinha essas duas hauhauaahuah!!!
DR em público kkk
cade voceee autora? =(
tenho que dizer que sao mais de 100.000 acessos em menos de seis meses e sem uma divulgação formal.. isso é lindo, né?!
que seja disso para muito mais e mais.. pois é mto merecido, um sucesso que a muito tempo não via, do ponto de realmente merecer..
tks..
ps. eu divulgo, tu divulgas, nós divulgamos...
RrRrrRr! ;*
Curti seu blog! Fica o connvite pra visistar o meu...kiss kiss girl!
" e por acaso seus sentimentos ficam na calça"
carã raxeiii =}
Meel, na melhor parte da festa você não atualiza................ aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah, fiquei deprê agora.... ô Noelly ajuda ai pô!!!
ahh.. eu ajudo em tudo que eu posso.. hehehehehe
não fica deprê, logo a festa continua..
;**
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