Na semana seguinte, ela não apareceu. E nem na outra. Era como se
estivesse inventando desculpas para me evitar, já que o Fer agora estava sempre
fora de casa. Merda. Duas semanas sem
vê-la parecia uma eternidade – principalmente depois que eu resolvi beijá-la no
meio da madrugada. Por que eu fui fazer
isso, porra?
Não conseguia tirar aquele beijo da minha cabeça. Estava prestes a
enlouquecer. Caralho. Ia dormir
pensando nela, acordava pensando nela e o martírio se estendia pelo dia inteiro.
Não conseguia me concentrar no trabalho, perdia a fome, simplesmente não sabia
o que fazer. Estava a um passo de me comprometer terrivelmente e pedir seu endereço para o Fer para ir lá me fazer de idiota em frente ao prédio
dela. O que era uma péssima, péssima ideia – não importa o ângulo que se veja.
Mia, Mia,
Mia. Era tudo o que eu conseguia pensar. Onde foi que você se meteu? Onde foi que eu me meti?
Inferno.
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